segunda-feira, 26 de novembro de 2012

No outro dia era burra, hoje sou estúpida

Pois é, sou estúpida e sempre fui, até hoje. Sempre tentei fazer tudo o que estava ao meu alcance para ajudar amigos, familiares, enfim, fosse quem fosse que precisasse de ajuda. E no fim, levo sempre patada; ou melhor, um belo de um pontapé no cú (pardon my french). E quando digo que ajudo, ajudo mesmo, não é só para inglês ver. E nem é com o objectivo de ouvir milhentos elogios nem nada parecido.

Pois acabou-se. Ao fim de 38 anos a levar pontapés, acabou-se. A partir de hoje, quem quiser ajuda não conte comigo, vire-se sozinho(a).

5 comentários:

  1. Uiiii, que este post bem podia ser meu!
    Mas o pior é que, por mais que diga isso, ainda sou estúpida ao ponto de voltar a ajudar, mesmo acabada de levar o tal pontapé, e a saber que vou levar outro... :$

    Beijinhos*

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    1. Pois, és tu e eu... Vamos lá ver se foi desta que aprendi a lição!

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    2. Eu digo que aprendo, mas depois não me aguento, e lá volto eu a fazer "figura de ursa"...
      Enfim, pelo menos fico bem com a minha consciência!

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  2. querida,
    eu também já sofri desse mal e descobri depois de passar por essa fase que estás a passar, que a "culpa" era minha. Passo a dizer porque cheguei a essa conclusão e depois tu verás se tem algo a ver com o teu caso ou não (cada um de nós tem de aprender as suas lições, isto não é "chapa3 que são todos iguais):
    1- antes que me pedissem ajuda, eu já saltava para os cornos do touro a ajudar- descobri que não devo ajudar quem não pede ajuda pois pode ainda não estar no "ponto" para a aceitar e ter a humildade para a pedir. Hoje em dia ainda tenho dificuldade em por em prática isto mas respiro várias vezes primeiro e consigo-me conter.
    2- as pessoas encostavam-se pois já sabiam que eu resolvia as porcarias que os outros faziam, pois para mim o lema é "procurar a solução e não se concentrar no problema"- enquanto eu me desunhava para solucionar as coisas, os outros dedicavam-se a meditar sobre o sentirem-se vítimas do sistema, da sociedade, do cão, do gato e todos mais em quem pudessem por a culpa. Não aprendiam nada e ainda me acusavam de ser "demasiado rápida" a avançar soluções sem lhes dar tempo para pensar (?!)
    3- ninguém aprendia nada com o processo- eu contribuía para que as pessoas continuassem irresponsáveis e dependentes pois tratava de tudo e todos, e eu sentia-me desgastada pela minha "hiper-responsabilidade" da qual tenho muita dificuldade em me libertar (adorei o nome da doença [sim, é uma doença] quando o meu psicólogo mo disse- eu chamava-lhe o "síndrome de super-mulher").
    Esta foi/tem sido a minha experiência e penso que faz parte do meu processo de evolução como ser humano. Não se trata de não ajudar ninguém, mas trata-se de deixar as outras pessoas crescer.
    Pensa no assunto (ou não) e depois pondera se tem algo a ver contigo ou não.
    beijocas e sê feliz

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  3. Pois afinal não sou a única... mas já ando a aprender! Dói não ajudar mas... penso nos pontapés que levei e já não custa tanto! O pior é que os maiores pontapés são sempre os da família e nesses sim, custa mais. Mas, comecei por pensar: "bolas, não sou mãe de todos! Teem de começar a saber viver sem eu fazer o trabalho todo!" - e assim tem sido, a muito custo meu...

    Bjinhos e felicidades

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