Pronto, agora vai-me dar para a lamechice; e tudo porque acabei de descobrir no Facebook o grupo de antigos alunos do Casulo, o meu primeiro colégio, onde fiz a infantil, a pré-primária e a primária (actual primeiro ciclo); e já estou para aqui lavadinha em lágrimas, a ver fotos, a recordar antigos colegas, professoras, episódios...
Ai que saudades! Do colégio, dos colegas, das professoras, das funcionárias, das brincadeiras no pátio, de ser criança... Mas o facto é que por mais que tente ficar só pelos bons momentos, não consigo dissociar a minha infância dos problemas de saúde da minha mãe, dos internamentos constantes, das férias escolares passadas em hospitais porque me recusava a separar-me dela...
E neste momento já não sei se estou a chorar por alegria, por tristeza, por remorso ou por saudade; vai para aqui uma mistura de sentimentos tão grande, mas tão grande, que nem tenho palavras para a definir.
Sabem o que é que eu gostava? Gostava de poder voltar atrás no tempo; voltar ao tempo em que a minha mãe ainda me podia dar colinhos; ao tempo em que não sabia o que eram problemas ou dificuldades; ao tempo em que, por exemplo, disse à minha mãe que tinha uma mão cheia de moscas (estava dormente), ou em que acordei literalmente a fazer o pino aos pés da cama; ou em que acordava cedinho ao fim de semana e saía da cama pé ante pé, para não acordar a minha mãe e ía para a sala ver o sítio do picapau amarelo quase sem som, para não fazer barulho. Mas pronto. Não pode ser. O caminho é para a frente. E agora é a vez de serem os meus filhos a construir boas recordações, e a minha vez de lhes proporcionar essas mesmas recordações. Como a minha mãe sempre fez comigo enquanto pôde. E depois dela, a minha avó.
Bjinhos!!
Espero que um abracinho ainda chegue a tempo! A dor da perda de um ente querido é forte demais para ser esquecida.
ResponderEliminarQue o dia de hoje seja mais alegre!
Beijinho
Dói mesmo na alma não poder voltar atrás, não é?... Ainda hoje também sofri desses retrocessos no tempo... Mas escrever sobre eles ajuda-nos. A não esquecer. E a viver o presente da melhor maneira possível, com a consciência tranquila de que estamos a fazer o nosso melhor. Coragem, e que muitos momentos felizes ainda venham no futuro,Ariana.
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