terça-feira, 24 de maio de 2011

Procrastinação e Listas de Tarefas Vs. Objectivos

Olá!!



Hoje venho aqui partilhar convosco a forma como encaro a questão das listas de tarefas; a verdade é que, embora já tivesse um pouco esta noção, a pituxa deixou ontem um comentário neste post que me fez pensar um pouco mais sobre o assunto e achei que a partilha destes meus pensamentos poderia ser interessante (ou não)!

A verdade é que até há cerca de 6 anos atrás (quando mudei de casa), nunca precisei de fazer listas de tarefas - a minha primeira lista "oficial" de tarefas foi precisamente a que dizia respeito à mudança de casa, e fi-la porque na altura tinha uma vida profissional muito intensa e precisava de planificar muito bem tudo o que necessitava de fazer, caso contrário corria o risco de chegar o dia da mudança e ainda ter tudo por empacotar, ou então andar uma semana ou mais a comer fora e sem fazer mais nada em casa que não fosse empacotar coisas; a segunda grande lista surgiu na sequência da primeira e dizia respeito à arrumação da casa nova, móveis que necessitava de adquirir, etc.;

Depois desta fase, deixei outra vez de fazer listas, mas o facto de ter mudado para uma casa maior e com maior número de tarefas necessárias para a sua manutenção e o quase simultâneo investimento profissional, com maior número de responsabilidades e o tempo ainda mais ocupado levou a que, volta e meia, desse comigo completamente perdida nas tarefas de casa, o que implicava automaticamente maiores gastos - fosse por não aproveitar o período económico da electricidade, fosse por não ter comida preparada para fazer as refeições em casa, fosse por não ter tempo para ir ao hipermercado  fazer as compras a tempo e horas, enfim... as razões, válidas ou não, eram mais que muitas.

A estes aspectos juntaram-se a minha forte tendência para o perfeccionismo mas também para a procrastinação, a necessidade de estabelecer metas e objectivos para me sentir mais organizada e orientada e o desejo de ser um pouco mais poupada e amiga do ambiente.

Comecei então a fazer listas para tudo e para nada - de refeições, de compras, de tarefas domésticas, de afazeres profissionais, de itens que necessitava para a casa, etc., etc., etc... e estas listas eram extraordinárias! até colocava o tempo previsto para cada coisa e/ou o dinheiro que tencionava gastar com cada item - Hoje em dia, quando olho para essa fase, fico com a ideia que perdia mais tempo a fazer as listas em si do que a resolver cada um dos itens das mesmas.

Quando fiquei grávida do meu filhote fui obrigada a abrandar o ritmo profissional (a minha desgraça, do ponto de vista profissional, mas a minha maior realização enquanto mãe e mulher!) por questões de saúde (comecei a descontrolar a pressão arterial e a fazer diabetes gestacional) e as listas passaram a ter a função de poder explicar ao meu marido o que necessitava de ser feito, para que ele pudesse dar uma ajuda nas fases mais complicadas, em que eu precisava mesmo de repousar por ordem médica.

Depois do bebé nascer, as listas continuaram, pois embora tenha passado a trabalhar em grande parte a partir de casa, o filhote teve de fazer fisioterapia durante mais de 8 meses (nasceu com um problema nos ligamentos dos joelhos, que não lhe permitia por-se em pé e andar correctamente) e, além das constantes idas aos tratamentos e às consultas, em casa tinha de ser constantemente estimulado, o que implicava estar junto dele praticamente todo o tempo em que ele estava acordado, para corrigir posições e fazer exercícios adequados, pelo que o tempo para as tarefas domésticas e profissionais era mínimo e o cansaço era extremo, o que implicava que, sem as listas, nem me conseguia lembrar do que estava por fazer!

Entretanto as listas tornaram-se um hábito... e nos últimos tempos, embora sejam listas de tarefas, são também listas de objectivos, para me "obrigarem" a fazer alguma coisa - combater a procrastinação, a falta de vontade, enfim, seja lá o que for...

A realidade é que gosto de fazer as minhas listinhas... até posso não fazer tudo o que coloco nelas (o que por vezes me deixa muito frustrada), mas pelo menos sinto-me mais organizada, tenho uma maior noção do que está por fazer, fico menos ansiosa e tenho um maior controlo sobre a minha casa e o ambiente onde vivo (ou pelo menos acho que sim!).

Provavelmente este post não tem grande interesse para vocês, mas pelo menos a mim fez-me muito bem pensar no porquê de fazer listas de tarefas e na evolução que as mesmas têm sofrido ao longo dos últimos anos; e o mais provável é que continue a fazê-las, porque me trazem realmente alguma tranquilidade; talvez não as continue a fazer de forma tão perfeccionista, sistemática e intensa, mas continuarei a fazê-las!

E muito obrigada pituxa, por me teres posto a pensar sobre este assunto! Era sem dúvida algo que precisava de fazer e não tinha noção disso!


Bjinhos!!

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